sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Difícil

“Leitura é hábito. Na verdade se não traz o hábito de casa fica muito mais difícil. Tem que forçar um pouco. Mesmo que leve dois meses para ler até o final, pois para quem não tem um hábito é uma vitória chegar até a última página. Faça da leitura um vício, pois é um dos vícios mais saudáveis que existe”.

Martha Medeiros

Sentada na cama com um papel  e um lápis na mão começo  a escrever. Escreverei sobre o que exatamente? É eu tenho meio essa mania louca de escrever sobre mim e sobre tudo e deixar em cadernos espalhados pelo quarto, no bloco de notas ou ate  mesmo no famoso “Word” quando a vontade vem. Sinto-me como se eu fosse uma alienígena as vezes, pois não se vê mais pessoas sentadas em bancos de praças, parques, etc. a degustar a leitura e a escrita, como eu a todo momento. Não sei se deve ser um dom, um hobby, ou o que mais se pode definir, a escrita é minha grande e eterna amiga. Por linhas me encontro, sinto-me bem escrevendo, outra pessoa, onde tudo que é ruim e que me assusta fica só no papel e não impregnado dentro de mim. Quando quero escrever, não paro mais, emendo um assunto aqui, um assunto ali, pode passar a coisa mais extraordinária do mundo na minha frente que não vou parar se começar uma palavra ate terminar o que pretendo que esteja descrito. Devo ser mesmo uma estranha, uma pessoa rara, ou uma pessoa com o instinto "jovem idosa". Prefiro ser assim, desse jeito meio doida emocional ou racional gelada quando tem que ser. Recentemente ouvi de muitas pessoas:
-Você é complicada, você é difícil, você sonha muito, você é aquilo que chamamos de intensidade ambulante. Você não se contenta com algo que não está de acordo com seus princípios, você é isso ou aquilo e nada mais, você é estranha
, você é coisa rara.
Não sei se tomo isto como um elogio ou uma ofensa, mas devo admitir: sou completamente desinteresse com algo que não me chama a atenção, que não me atiça a curiosidade e a vontade de saber mais, que não me tira o sono a noite por tentar desvendar, entenderem, saber mais, que não me mostre coisas que não sei, que não fique comigo ou se importe comigo da maneira que me importo. É, sinceramente, não tenho paciência alguma com a falta de atenção e o desinteresse das pessoas. Muitas pessoas não sabem simplesmente serem pessoas de verdade, pessoas além da carne, de alma e coração.
Talvez você deva estar me perguntando, por que tudo isso? Essa coisa e tudo o mais, mas eu não sei ser de outro jeito, não sei nem explicar o porquê tudo é assim, apenas sou. Quando tento mudar, as coisas pioram, não dão certo e eu continuo a me cortar mais e mais fora dos meus princípios e gostos. Tento ser eu mesma, não importando as dificuldades que isto me acarreta, no final vale muito a pena ser só você mesmo e mais nada, agradando a quem quiser. Não uso nenhuma máscara de falsidade e fingimento pra agradar. Não faço social pra ser legal. Fico na minha, brilharei do meu jeito.

Fabby
Ao som: Taylor Swift - Mine